Algumas quadrilhas especializadas têm usado este recurso para conseguirem sucesso em suas abordagens, principalmente para roubos específicos (como carros ou relógios de luxo), sequestros e assassinatos encomendados.

Por outro lado, o que tem acontecido com frequência é que cidadãos com medo e sem saber o que fazer, tem furado bloqueios policiais. E em alguns casos isso acarretou em acidentes ou até mesmo em mortes.

Para evitar os dois casos acima relatados, podemos recomendar ações e precauções, que vão resolver os 2 problemas ao mesmo tempo.

Primeiramente vamos explicar em resumo como se organiza uma blitz policial verdadeira.

A blitz com estrutura completa, ou seja, planejada com antecedência e com grande efetivo deslocado é composta sempre pelo seguinte:

Selecionadores – definem quem passará por vistoria e quem pode seguir viagem.

Vistoriadores – iniciam as abordagens, verificam documentação e fazem buscas nos compartimentos dos veículos.

Negociadores – é o grupo de autuação. Constatada qualquer irregularidade a pessoa é encaminhada para estes policiais que irão avaliar e determinar, entre outros, se o veículo será liberado depois de multado, se será recolhido ao pátio, se dará oportunidade de o condutor sanar pequenas irregularidades no local, etc.

Seguranças desembarcados – são os responsáveis por toda a segurança do local da Blitz.

Segurança embarcada – ficam dentro de viaturas e iniciam acompanhamento caso veículos furem o bloqueio.

Posto de Comando – local onde fica o Comandante da Operação, que pode intervir nos casos necessários e para quem são direcionadas as situações de maior delicadeza e/ou complexidade.

Já existem outras Blitz que são realizadas de forma urgente, com uso de menor efetivo policial e planejamento. Nestes casos, pode ser que a estrutura será adaptada e alguns policiais terão que fazer duplas funções, como por exemplo selecionador + segurança, vistoriador + negociador etc.

Importante destacar que, com exceção do comandante, via de regra são os negociadores os policiais mais graduados.

Então se atente para a organização da suposta blitz, que sendo diferente do exposto acima, deve levantar suspeitas.

Além disso, existem outros sinais suspeitos que são fáceis de identificar e que podem ser decisivos para determinação da veracidade da ação:

• Uniformes todos iguais – é quase impossível que muitos policiais estarão usando uniformes idênticos. Isso é mais provável se a quadrilha “preparou” os uniformes todos de uma vez em um mesmo momento.

• Falta de cobertura na cabeça e tarjeta no peito – quesitos obrigatórios que os policiais devem usar.

• Postura e forma de falar – atentar para militarismo, uso de expressões chulas etc.

• Tipos de veículos e falhas na pintura – uso de modelos que não são usados pela PM, pintura mal feita, erros de grafia etc.

• Armamento utilizado – uma quadrilha vai ter mais dificuldade para ter exatamente o mesmo armamento ao utilizado pela Polícia.

E o que fazer se identificamos sinais suspeitos em um bloqueio policial?

Depende em que situação estamos.

No caso de estar em um carro comum, pode-se tentar parar o veículo completamente, ainda longe da blitz e ligar para 190, visando confirmação da ação. Sendo necessário rápido escape, o motorista terá que realizar uma manobra conhecida como J-turn.

Não sendo possível frear longe e tendo a certeza que se trata de uma falsa blitz, não parar e ao mesmo tempo ligar para 190 avisando do ocorrido. Se for uma blitz real haverá perseguição com mais de uma viatura etc e ainda a confirmação do COPOM (190), neste caso, parar o mais rápido possível em local seguro e obedecer às instruções dos policiais, explicando os motivos que lhe fizeram furar o bloqueio.

No caso de estar acompanhando um VIP e o protegido foi parado em uma blitz suspeita, este não deve desembarcar do veículo. A escolta deve fazer o contato com os supostos policiais e confirmando a situação dar o Ok para o VIP sair do carro. Em caso de falsa blitz confirmada, a equipe de VSPP provavelmente não terá outra alternativa a não ser reagir e iniciar o combate – importante que estejam bem treinados para isso (veja mais clicando aqui)

Não é preciso nem explicar o quanto é importante, em cidades com altos índices de violência, estar sempre preparado para situações de emergência. Lembrando do nosso lema:

“A sabedoria vale mais do que máquinas de guerra” Eclesiastes 9:18

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